A partida entre Ideal e Funorte teve apenas oito torcedores que desafiaram a chuva e acompanharam o empate de 2 a 2 entre as duas equipes, pela Segundona do Campeonato Mineiro. Quem também estava no estádio foi o radialista Paulo César Santos, da Rádio Vanguarda, de Ipatinga. Ele contou sobre a experiência de ter narrado uma partida para um público tão pequeno:
- Quando o comentarista anunciou "Olha o público pagante, oito torcedores, renda de R$70,00". Não acreditei, pensei "não saiu o público não". Até porque oito pessoas num estádio que cabem 20 mil pessoas é um grão de areia num oceano. E a grana não deu nem para pagar o vigia.
O narrador lembrou que o Ideal está prestes a cair para a Série C do Mineiro. Mas não encontrou respostas para explicar o sumiço dos torcedores do Ideal.
- A chuva atrapalhou, mas não serve como desculpa. O Ideal tinha a maior torcida do Vale do Aço quando era um clube de futebol amador. Talvez o torcedor não tenha comparecido devido a uma rixa com a diretoria. Mas o motivo ninguém sabe explicar. E aqui no Vale do Aço, as pessoas escutam muito rádio - opinou.
Mistérios à parte, Paulo César conta que é comum os baixíssimos públicos nas partidas do Ideal.
- Pela primeira vez narrei uma partida, onde tinham mais policiais do que torcedores. Havia mais gente no campo do que na arquibancada. Só estavam lá os apaixonados pelo Ideal ou quem não tinha nada para fazer. Os jogos do Ideal não têm arrastado muito público. Geralmente vão 150, 120, e até 22 pessoas, como na partida contra o Valério - relatou.
E encerrou fazendo uma confissão:
- É duro transmitir jogo com oito pessoas, não tem como colocar emoção.
Por: Camila Bertol
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